Textos: Isaías 49, 14-15; 1 Coríntios 4, 1-5; Mateus 6,
24-34
Ideia principal: o seguidor de Cristo deve se confiar às
mãos da Providência de Deus. Não soltemos sua mão.
Resumo da mensagem: Se Deus é nosso Pai amoroso, então não
devemos andar preocupados pelas coisas temporais, mas devemos nos ocupar com o
hoje, tentando cumprir com amor a vontade de Deus Pai e pondo nossas
preocupações no coração terno desse Pai Deus Providente, como os pássaros do
céu e as flores do campo fazem. Somos peregrinos destinados à eternidade. Nas
mãos de Deus chegaremos seguros.
Pontos da ideia principal:
Em primeiro lugar, vejamos Cristo totalmente entregue às
mãos do Pai celeste. Acaso faltou-lhe alguma vez o carinho do Pai? Deus o fez
nascer numa manjedoura. Levou-o ao Egito, quando Herodes o ameaçava. Voltou à
sua aterra Nazaré e vivia tranquilo por causa do trabalho de seu pai José, e
por isso foi chamado “filho do carpinteiro”. Ao sair para seu apostolado, não
lhe faltou sequer uma pedra onde reclinar a cabeça, nem um pedaço de pão para
se alimentar, graças aos amigos que ele tinha nos diversos povoados. Seu Pai
Providente lhe concedeu colaboradores –os primeiros apóstolos- para que o ajudassem
na pregação, no cuidado dos doentes e no serviço à humanidade. Tampouco poupou
sofrimentos, porque, no plano de Deus, são necessários para manifestar o amor
autêntico que tinha por todo homem e mulher.
Em segundo lugar, vejamos tantos homens e mulheres longe da
mão de Deus Providente, preocupados pelos bens temporais ao ponto de se
tornarem escravos dos mesmos. Preocupados pelo dinheiro, pelo trabalho, pela
saúde, pela fama, pelo futuro dos filhos, pela sobrevivência e seguros de vida.
Preocupados pelas férias. Preocupados pelos “hobbies” esportivos e culturais. E
Deus e seu Reino? E a família e sua salvação? E a comunidade e o apostolado? E
os valores morais? “Se tanto é o cuidado que Deus tem pelas flores da terra
que, ao pouco tempo que nascem e são vistas, já morrem, acaso ele desprezará os
homens que ele criou, não para um tempo determinado, mas para que vivam
eternamente?” (São João Crisóstomo).
Finalmente, é ainda válida esta chamada à confiança em Deus
Providente no nosso mundo de hoje? Deus não mudou nem corrigiu seu desígnio: ou
Deus ou a comida; ou Deus ou a fama; ou Deus ou os prazeres; ou Deus ou as
vestes; ou Deus ou o dinheiro. Certo, é necessário se alimentar e vestir e
procurar os meios de subsistência dos nossos, mas sem angústia. Não é um
convite à ociosidade, à irresponsabilidade, mas a evitar a angústia e o
excessivo afã de possuir. A cada dia bastam seus próprios desgostos e não vale
a pena adiantar as angústias que nos acontecerão amanhã. Cristo nos convida a
procurar o essencial nessa vida e a pôr cada coisa em seu lugar, vencendo a
tentação do consumismo. Não levantemos altares ao dinheiro, ao prazer, à
comida. Que o coração e as mãos estejam livres, para servir a Deus e o seu
Reino. Deus é o absoluto. O resto é relativo. Nosso coração estará inquieto até
descansar em Deus (Santo Agostinho).
Para refletir: Que coisa me angustia? Que me produz
estresse? Os pagãos procuram essas coisas materiais com obsessão. Nós somos
peregrinos. Juntemos tesouros no céu, pois confiamos no Deus Providente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário