Cristãos no Egito sofrem jihad ou "guerra Santa" islâmica, alerta perita
Em um texto publicado no site National Review Online, Shea denunciou que a "agressão violenta da Irmandade Muçulmana do Egito e outros islamistas, incluindo aqueles próximos à Al-Qaeda, continua se dirigindo a uma das mais antigas comunidades cristãs".
"O partido Liberdade e Justiça da (autodenominada) Irmandade Muçulmana esteve incitando à matança e violência em suas páginas da internet e do Facebook. Uma dessas páginas, publicada em 14 de agosto, faz uma lista de dados contra a minoria cristã copta, culpando somente a ela pela repressão dos militares contra a Irmandade Muçulmana".
De acordo com Shea, a Irmandade Muçulmana está difundindo a ideia de que os cristãos coptos declararam "uma guerra contra o Islã e os muçulmanos" e advertem que "para cada ação há uma reação".
A advogada lamentou que "a ladainha de ataques" contra Igrejas cristãs na região "é longa", pois "até a noite do domingo, ao redor de 58 Igrejas, assim como vários conventos, mosteiros, escolas, lares e negócios cristãos, inclusive a YMCA (Associação Cristã de Jovens), foram reportadas como saqueadas e queimadas, ou sujeitas de destruição à mãos dos revoltosos islamistas".
Tawadros II, líder da Igreja Copta Ortodoxa do Egito, "permanece oculto, e muitos serviços religiosos de Domingo não se realizaram, já que os fiéis cristãos permaneceram em casa, temendo pela sua vida".
Nina Shea denunciou que até o momento, no Egito "ao redor de uma dúzia de cristãos foram atacados e assassinados somente por serem cristãos".
"Pela primeira vez em 1600 anos, as orações de Domingo foram canceladas no Mosteiro Ortodoxo da Virgem Maria e Priest Ibram, em Degla, ao sul de Minya, porque as três Igrejas foram destruídas pela turba".
Shea assinalou também que na capital do país, Cairo, "freiras franciscanas viram como a cruz que estava encima da porta de sua igreja foi derrubada e substituída por uma bandeira da Al-Qaeda, e a própria igreja foi queimada".
"A Irmã Manal, a superiora, informou que três freiras foram levadas pelas ruas como prisioneiras de guerra, enquanto a turba que estava por perto as insultavam enquanto passavam".
O porta-voz dos Bispos Católicos do Egito, Pe. Rafic Greiche, informou à agência de notícias vaticana Fides, que 14 das Igrejas destruídas pelos extremistas muçulmanos são católicas, enquanto que as demais pertencem à igreja copta ortodoxa, à grega ortodoxa, à anglicana e comunidades protestantes.
Embora os ataques contra os cristãos se realizem em todo o país, concentram-se de forma especial nas zonas de Minya e Assiut, onde, de acordo com o Pe. Greiche, estão os quartéis gerais dos "jihadistas".
Nina Shea lamentou porque apesar de que o movimento que derrubou o ex-presidente Mohamed Morsi, afiliado à Irmandade Muçulmana, envolveu a "grupos de esquerda, feministas, estudantes, intelectuais, pessoas de negócios, secularistas, sem mencionar os militares", é a "comunidade cristã do Egito, que soma 10 por cento da população, a que leva a pior parte da ira islâmica".
Dirigidos pela Irmandade Muçulmana, e incluindo grupos filiados a Al-Qaeda, os extremistas muçulmanos estão realizando "uma campanha de limpeza religiosa, de ‘purificação’ islâmica", disse Shea.
E enquanto "a jihad chegou ao maior país do mundo árabe, nossos líderes de relações exteriores e a imprensa ignoram estes eventos sob nossa responsabilidade".
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