terça-feira, 14 de maio de 2013

Santo do dia


SÃO MATIAS, APÓSTOLO

Festa
Foi escolhido para completar o grupo dos Doze,em substituição de Judas, para ser, como os outros Apóstolos, testemunha da ressurreição do Senhor, como se lê nos Atos dos Apóstolos (1,15-26).

Primeira leitura
Dos Atos dos Apóstolos             5,12 12
Os Apóstolos na Igreja nascente
        Naqueles dias: 12Muitos sinais e maravilhas eram eram realizados entre o povo pelas mãos dos apóstolos. Todos os fiéis se reuniam, com muita união, no Pórtico de Salomão. 13Nenhum dos outros ousava juntar-se a eles, mas o povo estimava-os muito. 14Crescia sempre mais o número dos que aderiam ao Senhor pela fé; era uma multidão de homens e mulheres. 15 Chegavam a transportar para as praças os doentes em camas e macas, a fim de que, quando Pedro passasse pelo menos a sua sombra tocasse alguns deles. 16 A multidão vinha até das cidades vizinhas de Jerusalém, trazendo doentes e pessoas atormentadas por maus espíritos. E todos eram curados.
        17 Levantaram-se o sumo-sacerdote e todos os do seu partido - isto é, o partido dos saduceus - cheios de raiva 18 e mandaram prender os apóstolos e lançá-los na cadeia públi­ca. 19 Porém, durante a noite, o anjo do Senhor abriu as portas prisão e os fez sair, dizendo: 20 "Ide falar ao povo, no Templo, sobre tudo o que se refere a este modo de viver". 21Eles obedeceram e, ao amanhecer, entraram no Templo e começaram a ensinar.
        O sumo-sacerdote chegou com os seus partidários e invocou o Sinédrio e o Conselho formado pelas pessoas importantes do povo de Israel. Então mandaram buscar os apóstolos à prisão. 22Mas, ao chegarem à prisão, os servos não os encontraram e voltaram dizendo: 23 "Encontramos a prisão fechada, com toda segurança, e os guardas estavam a postos na frente da porta. Mas, quando abrimos a porta, não encontramos ninguém lá dentro." 24Ao ouvirem essa notícia, o chefe da guarda do Templo e os sumos-sacerdotes não sabiam o que pensar e perguntavam-se o que poderia ter acontecido. 25 Chegou alguém que lhes disse: "Os homens que vós colocastes na prisão estão no Templo ensinando o povo!"
        26Então o chefe da guarda do Templo saiu com os guardas e trouxe os apóstolos, mas sem violência, porque eles tinham medo que o povo os atacasse com pedras. 27 Eles levaram os apóstolos e os apresentaram ao Sinédrio. O sumo-sacerdote começou a interrogá-los, 28 dizendo: "Nós tínhamos proibido expressamente que vós ensinásseis em nome de Jesus. Apesar disso, enchestes a cidade de Jerusalém com a vossa doutrina. E ainda nos quereis tornar res­ponsáveis pela morte desse homem!"  29Então Pedro e os outros apóstolos responderam: "É preciso obedecer a Deus, antes que aos homens.30 O Deus de nossos pais ressuscitou Jesus, a quem vós matastes, pregando-o numa cruz. 31 Deus, por seu poder, o exaltou, tornando-o Guia Supremo e Salvador, para dar ao povo de Israel a conversão e o perdão dos seus pecados.32 E disso somos testemunhas, nós e o Espírito Santo, que Deus concedeu àqueles que lhe obedecem".
Responsório Cf. At 4,33.31 Cl
R. Com grande coragem, os Apóstolos
testemunhavam a ressurreição
de Nosso Senhor Jesus Cristo.
* E tinham grande aceitação entre o povo. Aleluia.
V. Repletos do Espírito Santo, confiantes, sem nada temer
anunciavam a Palavra de Deus. * E tinham.
Segunda leitura
Das Homilias sobre os Atos dos Apóstolos, de São João Crisóstomo, bispo
(Hom. 3,1.2.3: PG 60,33-36.38)            (Séc.IV)
Mostra-nos, Senhor, quem escolheste
        Naqueles dias, Pedro levantou-se no meio dos irmãos e disse (At 1,15). Pedro, a quem Cristo tinha confiado o rebanho, movido pelo fervor do seu zelo e porque era o primeiro do grupo apostólico, foi o primeiro a tomar a palavra: Irmãos, é preciso escolher dentre nós (cf. At 1,22). Ouve a opinião de todos, a fim de que o escolhido seja bem aceito, evitando a inveja que poderia surgir. Pois, estas coisas, com frequência, são origem de grandes males.
        Mas Pedro não tinha autoridade para escolher por si só? É claro que tinha.Mas absteve-se, para não demonstrar favoritismo. Além disso, ainda não tinha recebido o Espírito Santo. Então eles apresentaram dois homens: José, chamado Barsabás, que tinha o apelido de Justo, e Matias (At 1,23). Não foi Pedro que os apresentou, mas todos. O que ele fez foi aconselhar esta eleição, mostrando que a iniciativa não era sua, mas fora anteriormente anunciada pela profecia. Sua intervenção nesse caso foi interpretar a profecia e não impor um preceito.
        E continua: É preciso dentre os homens que nos acompanharam (cf. At 1,21-22). Repara como se empenha em que tenham sido testemunhas oculares; embora o Espírito Santo devesse ainda vir sobre eles, dá a isso grande importância.
        Dentre os homens que nos acompanharam durante todo o tempo em que o Senhor Jesus vivia no meio de nós, a começar pelo batismo de João (At 1,21-22). Refere-se àqueles que conviveram com Jesus, e não aos que eram apenas discípulos.De fato, eram muitos os que o seguiam desde o princípio. Vê como diz o evangelho: Era um dos dois que ouviram as palavras de João e seguiram Jesus (Jo 1,40). Durante todo o tempo em que o Senhor Jesus vivia no meio de nós, a começar pelo batismo de João. Com razão assinala este ponto de partida, já que ninguém conhecia por experiência o que antes se passara, mas foram ensinados pelo Espírito Santo.
        Até ao dia em que foi elevado ao céu. Agora, é preciso que um deles se junte a nós para ser testemunha da sua ressurreição (At 1,22). Não disse: “testemunha de tudo o mais”, porém, testemunha de sua ressurreição. Na verdade, seria mais digno de fé quem pudesse testemunhar: “Aquele que vimos comer e beber e que foi crucificado, foi esse que ressuscitou”. Não interessava ser testemunha do tempo anterior nem do seguinte nem dos milagres, mas simplesmente da ressurreição. Porque todos os outros fatos eram manifestos e públicos; só a ressurreição tinha acontecido secretamente e só eles a conheciam.
        E rezaram juntos, dizendo: Senhor, tu conheces o coração de todos. Mostra-nos (At 1,24). Tu, nós não. Com acerto o invocam como aquele que conhece os corações, pois a eleição deveria ser feita por ele e não por mais ninguém. Assim falavam com toda a confiança, porque a eleição era absolutamente necessária. Não disseram: “Escolhe”, mas: Mostra-nos quem escolheste (At 1,24). Bem sabiam que tudo está predestinado por Deus. Então tiraram a sorte entre os dois (At 1,26). Ainda não se julgavam dignos de fazer por si mesmos a eleição; por isso, desejaram ser esclarecidos por algum sinal.


fonte : http://liturgiadashoras.org/oficiodasleituras/saomatias.html

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